terça-feira, 27 de agosto de 2013

A EAD COMO FERRAMENTA DE ACESSO E CRESCIMENTO PROFISSIONAL

Adriane Leite Pires Bastos
Polo Belford Roxo
Mat. 20092208465


             Há 20 anos seria impossível para muitos concluir uma graduação com facilidade.
             Os Campus eram limitados, distantes e elitizados, promovendo uma grande diferença de capacitação entre profissionais. Dificultando a competitividade àqueles que, com poucos recursos, tentavam se especializar na tentativa de uma boa colocação no mercado de trabalho.
             O que conseguimos ver hoje é um movimento provocado pela EAD, que possibilita a todo e    qualquer indivíduo a conquista de novos rumos profissionais, através desta ferramenta, disponível, facilitada financeiramente, de fácil acesso, com um leque de opções considerável.
              Já formada e Pós graduada, somente cogitei a possibilidade de retornar à faculdade se fosse à distância. E, onde estou hoje? Esta ferramenta me possibilita a aquisição de novas competências para meu crescimento profissional e, da mesma maneira abre portas e novas oportunidades de ensino para todos que se coloca à disposição para competir, crescer e vencer.



           

Ex-ministro da Educação destaca importância da EaD para desenvolvimento do país

Publicada em 
A Educação a Distância (EAD) é um recurso importante para atender a grandes contingentes de alunos de forma efetiva e sem riscos de reduzir a qualidade do ensino. E o Brasil está numa fase de consolidação da EAD, principalmente no Ensino Superior com crescimento expressivo e sustentado. Prova disso são os dados do Ministério da Educação que mostram que um em cada cinco novos alunos de graduação no país ingressa em um curso a distância. Ou seja, cerca de 20% dos universitários estudam entre aulas na internet e em polos presenciais.

O número comprova o avanço da Educação a Distância, mas a modalidade ainda sofre ressalvas. Um dado que pode explicar a falta de conhecimento é que somente nas últimas décadas - embora seja praticada desde o século 19 - passou a fazer parte das atenções, evoluindo com o emprego de modernas tecnologias e conseguindo atingir um público maior. O grande impulso para o crescimento do modelo semipresencial foi dado pelo governo com a criação da Universidade Aberta do Brasil em 2005.

A instituição tem 180 mil vagas em cursos superiores oferecidos em parceria com universidades federais. As aulas são dadas parte em ambiente virtual, através da internet ou de programas de TV, e parte no formato presencial. Em entrevista à TIC Educação, Carlos Alberto Chiarelli, ex-ministro da Educação e presidente da Associação da Cadeia Produtiva de Educação a Distância, disse que, atualmente, não há como negar a importância do ensino a distância para o desenvolvimento social previsto na Constituição Federal. Segundo Chiarelli, a versatilidade e a capacidade de inclusão do método são alguns dos principais pilares que garantem sua afirmação.

TIC - Dados do MEC mostram que um em cada cinco novos alunos de graduação no país ingressa em um curso a distância. O que esse número representa para a modalidade?

CA_Chiarelli_capa_esq_2010.jpgCarlos Alberto Chiarelli
 - A notícia de que um em cada cinco novos alunos de graduação do país ingressa em cursos a distância já mostra a importância dessa modalidade, significando passo expressivo para a evolução da educação brasileira. Em um país como o nosso, que tinha como objetivo ter 30% da população jovem nas universidades e só possui 19%, é um absurdo não se ter a consciência sobre a importância do Ensino a Distância, que ajuda efetivamente a preencher esta lacuna e tirar essa danosa diferença.

TIC - Os números indicam um rápido avanço da EAD, mas a modalidade é pouco conhecida pela maioria da população e ainda enfrenta resistências. Por quê?

Carlos Alberto Chiarelli
 - Uma vez li uma frase sobre EAD que me chamou atenção: A mentalidade conservadora das pessoas é um entrave para o desenvolvimento do Brasil. A discriminação do Ensino a Distância é um exemplo. Tive de concordar. Em um país onde o número de alunos matriculados na escola caiu 1,2% em 2008, em comparação com 2007, segundo o último censo escolar da educação básica, ir contra os benefícios dessa metodologia (EAD) é não priorizar os avanços necessários para o Brasil se tornar desenvolvido. Idéias errôneas sobre a Educação a Distância, muitas vezes, atrapalham a percepção de como este método pode ser eficaz para o ensino brasileiro. Importante salientar que o impulso da EAD está diretamente vinculado à inovação tecnológica, que a faz muito mais acessível e muito mais abrangente.

TIC A resistência ao ensino a distância pode ser um entrave para o desenvolvimento do Brasil?

Carlos Alberto Chiarelli
 - Se a EAD é uma forma de qualificar e alargar o processo educacional, obviamente não utilizá-la é perder um instrumento contemporâneo e valioso para auxiliar na alavancagem nacional. Além disso, a metodologia consegue, em um país como o Brasil, de proporções geográficas gigantes, contribuir para a redução das desigualdades sociais e regionais, bem como para a promoção do bem comum, sem preconceito de raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

TIC De que forma a EAD pode democratizar o acesso à educação?

Carlos Alberto Chiarelli
 - A democratização do ensino está sendo possível, em grande parte, graças a ela. Estudo publicado pelo governo norte-americano concluiu que recursos de aprendizagem on-line uma das ferramentas da EAD - constituem, muitas vezes, uma maneira mais eficiente de aprender do que a oferecida pelo ensino tradicional. Não estou a dizer que um determinado tipo de aprendizado é melhor que o outro. O que defendo é a eficácia do Ensino a Distância e o seu alcance. Pais e professores podem utilizar a EAD como uma ferramenta de apoio à aprendizagem, fazendo uma mescla de aulas presenciais e virtuais. Outro ponto: quem não pode cursar uma universidade, seja pelo ônus financeiro, disponibilidade física ou distância, pode contar com a EAD para avançar nos estudos e ter, além dos materiais, interação de professores presentes nos pólos e ferramentas, como a internet, para auxiliar nos estudos.
A Educação a Distância (EAD) é considerada, segundo o decreto Decreto-Lei n° 2.494, de 10/2/1998 como, “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados (...)”. A legislação em EAD, atual, mostra avanços significativos, mas não temos a intenção de acompanhar o crescimento histórico da presente modalidade de ensino, e sim, perceber através, de práticas uma superação de valores, atitudes dando significado ao fazer Educação a Distância.

O cenário atual da EAD vem passando por transformações a partir de um contexto de mudanças de valores, em que a diversidade cultural é presente, tendo um significado maior em sua contextualização, de saberes e conhecimentos, assumindo um papel importante na sociedade vigente, na qual a globalização gera uma necessidade de comunicação e informação sem fronteiras.

A sociedade vigente caracterizada pela seletividade e dualismo pode restringir a EAD em vários pontos, que por uma legislação específica, podemos entendê-la como meio para inclusão, na qual visa a partir de um espaço interativo, troca de saberes em que deve ser potencializada competências que possam garantir a formação de um cidadão atuante na presente sociedade. Portanto devemos construir parcerias a partir de uma discussão, que norteiem um fazer EAD comprometido com suas reais necessidades, as quais venham legitimar sua prática.

Em âmbito geral, levando em consideração as mudanças que vêem acontecendo em nossa sociedade, podemos entender a EAD como uma modalidade de ensino que tem suas peculiaridades, na qual sua proposta pedagógica deverá ser rediscutida no que se refere à modalidade à distância, em que seu referencial de fazer educação não seja, parcialmente, anulado.

O avanço das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC’s) provocou mudanças significativas em fazer EAD, logo foi criando corpo, hoje, está presente em todos os setores, em particular, sua presença no sistema educacional faz com que reflitamos sobre pontos inerente à educação, como: didática, metodologia, avaliação, planejamento, dentre outros pontos relevantes.

Consideramos as atividades presenciais na EAD como complemento de um processo de ensino-aprendizagem, na qual não deverá ser tida como prioridade para avaliar, porém somada as diferentes realidades em que a EAD se apresenta.

Sabemos que sua proposta é significativa no que diz respeito a fazer educação de forma efetiva. Mesmo de forma consciente, autônoma, interativa, comprometida com a formação continuada, na qual dará oportunidade a sociedade um espaço de formação, de troca e meio à inclusão para uma educação para todos, encontramos distorções que inviabilizam o processo educacional à distância.

A definição de EAD como uma proposta inclusiva ainda precisa ser repensada como educação para o futuro, em que sua proposta não deve ser vista como saída para uma educação justa, mas como momento inerente ao que vivemos, hoje, no qual é um processo árduo, que precisa superar suas limitações a partir de uma legislação repensada não no moldes que já temos, porém condizente ao momento em que estamos, propondo um significado crítico-reflexivo ao que queremos.

As questões importantes, levantadas no presente artigo, sobre tal tema, podem ser consideradas como caminho para uma educação inovadora a partir de uma roupagem caracterizada pela interatividade e não-linearidade, em que se apresenta não como saída para uma educação de qualidade, mas complementar a que temos, modalidade presencial, para uma educação justa.

De acordo com Litwin (2001), a EAD é considerada como uma modalidade de ensino com características específicas, caracterizando-se pela utilização de uma multiplicidade de recursos pedagógicos, objetivando a construção do conhecimento, na qual apresenta excelentes possibilidades da modalidade para a educação permanente.
O primeiro ponto que discutiremos é a mediação como princípio educacional que requer superação de limitações, as quais surgem a partir de desafios inerentes ao meio. Os desafios se apresentam com um significado pertinente a construção da aprendizagem, surgem num espaço de desequilíbrio, nos quais expectativas são afloradas desencadeando necessidades para a atuação de um indivíduo, quer flexível. Os termos mediação e desafio estão relacionados ao que se refere às potencialidades necessárias à superação de entraves que possam surgir ao nos depararmos num mundo de transformações constantes.

A mediação surge como meio viável à intervenção necessária para propiciar credibilidade ao ousar no desconhecido. O mediador deve está preparado para proporcionar um ambiente de desequilíbrio à realidade do indivíduo sem subestimá-lo, percebendo a partir de um diagnóstico prévio suas reais necessidades.

O processo de ensino aprendizagem quer presencial ou à distância requer um espaço interativo, confiável, onde a reciprocidade na construção do conhecimento é fundamental. Considerando a mediação enquanto princípio educativo, podemos viabilizar o processo no que se refere a sua potencialidade. A mediação como princípio educacional vem resignificar a prática docente, em particular, na EAD a presença de um espaço de mediações promove as competências do tutor a um significado de valores inerente a sua atuação.

Um outro ponto é a abordagem de aprendizagem, de acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias comportamentais “... são teorias calcadas nas características de indivíduos ou de espécies de indivíduos, e que dão pouquíssima ou nenhuma atenção às condições sócioculturais de vida desses mesmos indivíduos. O núcleo comum dessas teorias é a ênfase dada aos comportamentos modificados, se bem que as suas formas de obtenção sejam peculiares a cada um”.

Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Pavlov, Skinner e Bandura no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para exemplificarmos se há aprendizagens que podem ser explicadas através da abordagem comportamental e se há outras que não podem.

Ivan Pavlov fundamenta sua teoria por meio do estímulo condicionado, a aquisição se dá pelo condicionamento respondente; a retenção é fraca e a transferência é tida como ponto negativo em sua teoria, não há aprendizagem significativa, conhecida como condicionamento clássico.

Skinner fundamenta sua teoria por meio do condicionado operante, a aquisição é fácil e rápida; a retenção não é forte e a transferência é pouco presente. O reforço é uma característica fundamental.

Albert Bandura fundamenta sua teoria por meio do condicionado social, a aquisição se faz de modo indireto; a retenção não é muito grande e a transferência será reduzida, conhecida como aprendizagem vicariante.

Diante da apreciação feita acima acerca da construção do conhecimento, segundo os principais nomes das teorias comportamentais, há aprendizagens que podem ser explicadas a partir do condicionamento, ponto chave para fundamentação nas presentes teorias. Um exemplo clássico é o uso de códigos para se comunicar, usamos símbolos fictícios que constituam o nosso alfabeto, o reforço é fundamental para que possamos fixar e/ou apreender, com um tempo sem reforço será inevitável esquecer, fazendo uma analogia à simbologia matemática, a interação se faz presente através da contextualização e dos requisitos inerente a potencialidades ao que se refere o conhecimento matemático, características das teorias cognitivas.

De acordo com Costa Lins, Ribeiro e Neves (2004), as teorias cognitivas “... se caracterizam por apresentar a aprendizagem como resultante de um processo de construção”.

Portanto consideramos a importância de registrarmos as contribuições dos estudos de Gestalt, Jean Piaget, Jerome Bruner, Lev Vygotsky e Howard Gardner no que se refere aos critérios que legitima a aprendizagem: aquisição, retenção e transferência, para destacarmos aspectos das abordagens de aprendizagem que são úteis na prática do professor/tutor.

Gestalt fundamenta sua teoria na percepção, a aquisição, ou seja, a aprendizagem ocorre por meio de relações estruturadas; a retenção, como a aprendizagem é conservada, se dá pela observação da permanência e na sua reutilização, e a transferência possibilita uma comunicação entre diversas estruturas anteriores e as novas situações.

Jean Piaget fundamenta sua teoria por meio da interação do sujeito (homem) com o objeto (meio-físico-social), a aquisição está relacionada com processo de equilibração; a retenção considera o inconsciente cognitivo e a transferência considera as suas aprendizagens anteriores, a partir de novas situações.

Jerome Bruner fundamenta sua teoria por meio da intuição, a aquisição está relacionada com a percepção; a retenção, com a disponibilidade do conteúdo intuído a uma categoria para sua utilização e a transferência a partir de novas intuições.

Lev Vygotsky, apresenta uma teoria psicológica sóciocultural do desenvolvimento, a aquisição acontece por meio da mediação simbólica; a retenção confere a cada conteúdo um significado e a transferência é uma constante.

A abordagem sóciocultural enfatiza aspectos sócios-políticos-culturais, tendo forte vínculo com a cultura popular. Todos os seres humanos são homens concretos, situados no tempo e no espaço, inseridos num contexto histórico.

O homem chegará a ser sujeito através da reflexão sobre seu ambiente concreto, quanto mais ele reflete sobre a sua própria condição concreta, mais se torna progressiva e gradualmente consciente, comprometido a intervir na realidade para mudá-la.
Por Rodiney Marcelo
Especialista em Educação a Distância (SENAC)
Colunista Brasil Escola

A importância da Educação a Distância no Brasil - Atualizado!


Educação a Distância ou simplesmente EaD, é a modalidade de aprendizagem em que os educadores e os aprendizes interagem entre sí, sem necessariamente estarem no mesmo lugar. Nessa modalidade o conhecimento chega ao aluno pela utilização didática de Tecnologias, principalmente pela internet, mas existe outros meios menos utilizados atualmente, como o correio, o rádio, a televisão, entre outros, todos eles possuem o mesmo princípio: o professor ensina a distância, separado no tempo e no espaço, do aluno, e eles interagem virtualmente de forma assíncrona ou síncrona.
No Brasil, o atual modelo da EAD foi herdado da Espanha, esse modelo percebe uma crescente necessidade de aperfeiçoamento para ajustar-se as nossas particularidades, motivadas pela grande demanda de alunos não atendidos por entidades do ensino tradicional, o presencial, pelas distâncias continentais e ainda, por motivos econômicos e sociais. A partir da aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996 e do Decreto n.º 5.622, de 19.12.2005, que regulamentou o Art. 80 daquela Lei, tornou-se obrigatório o credenciamento e renovação para oferta de educação a distância, o que provocou uma grande mobilização de entidades e universidades públicas brasileiras.
É neste contexto que a Educação à Distância surge como um modelo capaz de superar os desafios educacionais do nosso país continente. Conforme afirma Blois (2000), o Brasil se caracteriza por ser um espaço democrático de convivência de ofertas de EaD e favorecer o atendimento aos excluídos, cumprindo o seu papel de escola para muitos, por iniciativa tanto de instituições públicas quanto privadas.
A importância da Educação a Distancia no Brasil vai muito além da preparação de futuros profissionais, a EaD se tornou uma das mais importantes ferramentas de difusão do conhecimento e de democratização da informação, colaborando significavamente para o desenvolvimento social e tecnológico do Brasil.

Fonte:
BLOIS, M.M Do Ensino por Correspondência à Internet – A Busca da Democratização do Conhecimento. Revista CREAD, Miami, n.9, p.29-38, 2000.
BRASIL. Lei nº 9.394/96. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 1996.
______, Decreto Lei 5.622 de 19/12/2005.
FREDRIC M. Litto & FORMIGA, Marcos. Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009.


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KsvQttYUA_Q